Lançamento filme Cris Ventura

Filme da doutoranda do PPGPC lançado na 26ª Mostra de Tiradentes

Cambaúba, realizado na Cidade de Goiás, teve sua estreia na 26º Mostra de Tiradentes, e foi realizado pela doutoranda Cristiane Moreira Ventura.

A cineasta, pesquisadora e professora do IFG, Cris Ventura, realizou o longa-metragem como processo de investigação sobre a narrativa híbrida no cinema, tema de sua pesquisa de doutorado em Performances Culturais (UFG).

Durante o período de afastamento para qualificação, a professora do Bacharelado em Cinema e Audiovisual (IFG- Câmpus Cidade de Goiás), tinha a previsão de realizar uma etnografia de um set de filmagem como um dos métodos de pesquisa, porém exatamente nesse período, veio a pandemia da COVID-19, que acometeu um elevado número de mortes no Brasil e no mundo. Em 2020, muitas atividades ficaram suspensas, principalmente as produções artísticas que são realizadas em grupo, como o cinema. Em 2021, quando já havia iniciado a vacinação, Cris Ventura, ao pensar em possibilidades para executar a pesquisa em curso, propôs uma realização cinematográfica entre suas vizinhas da rua da Cambaúba. Ainda, não havia um roteiro ou uma proposta bem definida, inicialmente realizava alguns registros dos cotidianos de suas vizinhas com uma câmera de celular, em seus trabalhos em home office e suas atividades em casa. Após alguns meses de filmagem, começam a surgir algumas cenas e as conexões entre elas, permeado pelo contexto histórico da cidade, principalmente pela rua Bartolomeu Bueno, que recebe o apelido de rua da Cambaúba. O fato desta rua ter o nome do bandeirante, conhecido como Anhanguera (traduzido por muitos como Diabo Velho), e ao mesmo tempo ser conhecida como Cambaúba (nome de origem indígena), que significa planta de galho fino, que era utilizada para se fazer flecha, essa incongruência chamou a atenção da pesquisadora e isso se torna o mote do filme. 

Cambaúba, se envereda também pelas lendas e memórias da cidade. A lenda da Carioca, se torna uma fonte de inspiração, bem como acontecimentos marcantes como a grande enchente de 2001, o caminhão de sangue bovino tombado às margens do Rio Vermelho, em 2018, tingindo de vermelho as águas.

O filme inicialmente foi realizado com recursos próprios e em cooperação com uma equipe reduzida, de alunos e egressos do curso de Cinema,  as vizinhas da Cambaúba, e no seu processo de finalização contou com recursos da Lei Aldir Blanc.

Cambaúba, com duração de 67 min,  teve sua estreia, no dia 25 de janeiro, na Mostra Olhos Livres, na 26º Mostra de Tiradentes, tendo uma boa recepção do público e da crítica.

A tese “A performance do ator-personagem na cinematografia de narrativa híbrida: processo criativo e ritualidade”, que investiga a realização cinematográfica híbrida, da qual Cambaúba é fruto, será defendida pela professora Cristiane Moreira Ventura, no dia 14 de fevereiro. A pesquisa é orientada pela prof. Dra. Lara Satler, e co-orientada pela prof. Dra. Manuela Penafria. 

 
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Algumas críticas:
https://www.cineset.com.br/critica-cambauba-cris-ventura-tiradentes-2023/
https://www.cinematorio.com.br/2023/01/tiradentes-2023-cambauba-e-suas-confluencias-a-partir-do-gesto-inventariante/
https://cinemaqui.com.br/cambauba/
https://meioamargo.com/critica-cambauba-2022/
Trailer: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=hlj-ZSkNdok
https://www.dm.com.br/cultura/cineasta-exibe-hoje-filme-na-mostra-de-tiradentes-119216
https://mostratiradentes.com.br/filme/cambauba/
Instagram: @cambauba_filme
Cambaúba